Invasão a celulares alerta importância de se prevenir para não ter informações vazadas
O celular deixou de ser, há muito tempo, apenas um aparelho para fazer ligações. Atualmente, ele guarda quase toda a vida pessoal e profissional de cada um, além de comandar operações financeiras. Uma facilidade para uma vida moderna cada vez mais corrida, mas também um risco para quem não toma os devidos cuidados.
O tema de invasão de celulares veio à tona, após um suposto hacker obter acesso a conversas de personagens à frente da Lava Jato, entre eles o ministro da Justiça, Sérgio Moro, que à época era juiz federal de primeira instância, e o procurador da República Deltan Dallagnon, que coordenou a força-tarefa da operação. O conteúdo foi publicado no The Intercept Brasil e abriu margem para possíveis desvios éticos na considerada maior operação anticorrupção nacional.
Longe dos holofotes da mídia, pessoas comuns também devem ficar atentas para evitar invasões e muita dor de cabeça, que pode ir de vazamento de mensagens privadas até movimentações financeiras, como explica o analista de segurança Eduardo Berto.
“Nunca é recomendado você salvar uma senha, principalmente no seu celular. Quando você salva essa senha ela fica armazenada em um cache, em algum lugar. Com isso, ocorre o risco de alguma outra pessoa ou software fazer a captura dessa senha, principalmente em casos de roubo perda do celular. Nunca é interessante manter senhas de banco salvas”, destaca.
Ligação do próprio telefone
No caso de Sérgio Moro, o ministro recebeu uma ligação do próprio número de telefone e atendeu. De acordo com Eduardo Berto, nessas situações, o ideal é descartar o contato e não interagir de nenhuma forma com o emissor.
Outra forma utilizada pelos criminosos é solicitar a utilização da conta de usuário de aplicativos de mensagem instantânea, como WhatsaApp e Telegram, em um celular. Quando isso é feito, um código é enviado para o número cadastrado no perfil da vítima.
“Muitas vezes você recebe um código sem ter pedido. O atacante vai te ligar ou mandar uma mensagem pedindo essa senha. Caso ela seja passada, você terá automaticamente seu aplicativo clonado e ele vai ter acesso ao seu backup de conversas e à lista de contatos. Então, nunca passe para ninguém códigos que você receba por mensagem e também não interaja com seu próprio número”, completa.
Prevenção
De acordo com o especialista, a principal medida de prevenção é manter o aparelho sempre atualizado e buscar aplicativos de bases oficiais. Outra medida necessária é verificar as permissões concedidas aos aplicativos e avaliar se elas realmente são precisas. As permissões estão disponíveis nas configurações das plataformas.
“Muitos aplicativos que baixamos pedem para fazer o uso de informações como lista de contatos, fotos entre outros. Às vezes esses aplicativos não necessitam desse recurso, então é interessante verificar e conceder apenas as permissões necessárias”.
A utilização de antivírus também é aconselhada, com o objetivo de verificar possíveis problemas que estejam no aparelho.
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