Período de férias e viagens acende alerta para vacinação contra o sarampo
O período de férias pede atenção especial em relação ao sarampo. Locais com aglomerações e o aumento no fluxo de pessoas para viagens e passeios aumentam os riscos de contágio para aquelas que ainda não estão imunizadas adequadamente contra a doença altamente transmissível. Para se proteger é fundamental estar com a vacinação em dia, especialmente quem vai se deslocar para outros municípios e regiões dentro e fora de Minas Gerais onde há a circulação do vírus, incluindo os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, a região Nordeste e também o exterior.
A transmissão do sarampo acontece diretamente de pessoa para pessoa, através de gotículas do nariz, boca ou garganta. Entre os principais sintomas estão febre, manchas avermelhadas pelo corpo, tosse, coriza, conjuntivite, fotofobia e pequenas manchas brancas dentro da boca. A doença pode evoluir para formas mais graves, incluindo encefalite, pneumonia e morte, principalmente em crianças desnutridas e menores de 1 ano de idade.
Conforme explica o coordenador de doenças e agravos transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Gilmar Coelho, a melhor forma de evitar surtos e a transmissão do sarampo é manter a população protegida por meio da vacinação, especialmente nos períodos de festividades e viagens. “Estão suscetíveis à doença todas as pessoas que não foram imunizadas, independente da idade. Portanto, todos aqueles que pretendem viajar e que não possuem todas as doses necessárias devem receber a tríplice viral quinze dias antes da viagem, para sua completa proteção e de seus familiares”, afirma.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza a vacina tríplice viral como principal forma de prevenção contra o sarampo. Todas as crianças devem receber a chamada “dose zero” aos seis de meses de vida, a primeira aos doze meses e a segunda aos quinze meses. Adolescentes e adultos até 29 anos devem estar imunizados com duas doses, já para a população de 30 a 49 anos uma única dose é necessária.
Para se vacinar, basta se dirigir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) com o cartão de vacinação e um documento. Aqueles que por algum motivo não possuem o cartão também devem procurar a unidade mais próxima, onde a situação vacinal será avaliada e a atualização feita conforme recomendações do calendário básico de vacinação.
Situação epidemiológica
Em 2019 foram confirmados 130 casos de sarampo em Minas Gerais. Atualmente, outros 471 casos estão em investigação. A SES-MG tem alertado os municípios para que todos os casos suspeitos da doença sejam notificados em até 24 horas, além da implementação de medidas de prevenção e controle da doença de maneira ampla e oportuna, especialmente no período de férias.
Ações da SES-MG
Entre as ações da SES-MG para controle do sarampo no estado está a emissão de alertas para profissionais de saúde e municípios, elaboração de plano de contingência e fluxograma de atendimento aos casos suspeitos. Também foi instalada uma sala de situação/Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes), nos meses de setembro e outubro, com o objetivo de gerar informação de qualidade e em tempo oportuno, além de fornecer respostas rápidas de forma intersetorial.
Foram definidos os serviços de saúde referência no Estado para atendimento dos casos em crianças e adultos. A SES-MG também disponibilizou de vitamina A em hospitais de referência macrorregional para dispensação em casos potencialmente graves. Além disso, seguindo orientações do Ministério da Saúde, a pasta promoveu, entre os dias 7/10 e 30/11, em parceria com as secretarias municipais de Saúde, a Campanha de Vacinação contra o Sarampo.
Neste ano, a estratégia de vacinação foi realizada em duas etapas, que contemplaram os grupos mais acometidos pela doença no Brasil (crianças e jovens adultos) com o objetivo de interromper a circulação do vírus do sarampo. Ao longo da primeira etapa foram imunizadas crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade desprotegidas ou com esquema vacinal incompleto. Já a segunda etapa teve objetivo de atualizar a situação vacinal de jovens adultos com idade entre 20 e 29 anos.
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