Bebê abandonado teve partes do corpo devoradas por cães em Caraí
Ainda continua envolto em mistério o caso do recém-nascido abandonado debaixo de um pé de manga, no Córrego Santa Cruz, Zona Rural de Caraí, no Vale do Jequitinhonha, em Minas. O corpo do bebê foi encontrado em partes. As que não foram encontradas teriam sido devoradas por um cachorro, segundo testemunhas que chamaram a polícia para registrar a ocorrência.
Embora o corpo mutilado tenha sido encontrado no quintal de uma casa do Córrego Santa Cruz, os moradores da comunidade acreditam que pode se tratar de uma desova feita por uma mãe, cuja gravidez era indesejada, ou por uma pessoa que tenha ajudado essa mãe a se livrar do filho. O bebê era um menino.
As testemunhas, moradoras do Córrego Santa Cruz, contaram à polícia que naquela comunidade não havia mulheres grávidas, fato que reforça a ideia de uma desova. O corpo do bebê foi levado para o IML de Teófilo Otoni e a Polícia Civil instaurou inquérito policial para identificar a autoria do crime.
O delegado de polícia Robert Levy explicou que o médico legista constatou que bebê chegou ao IML aproximadamente 48 horas depois de sua morte, tempo suficiente para gerar gases no pulmão. Isso impossibilita identificar se era um feto abortado ou uma criança que nasceu de parto normal e foi abandonado.
A dona da propriedade, de 78 anos, foi quem encontrou o corpo. Ela contou à polícia que observou que os cachorros estavam embaixo do pé de manga, comendo algo. Quando ela se aproximou, teria visto o corpo do bebê, também próximo a um córrego da região. Na chegada, os policiais se depararam com o corpo da criança sem a parte esquerda do crânio, sem o pênis e sem o nariz, além da massa encefálica estar espalhada pelo local.
Polícia Militar de Teófilo Otoni está trabalhando junto com a Polícia Civil para elucidar o caso e pede que a população denuncie. As denúncias podem ser feitas por moradores de Caraí, Ponto dos Volantes, Ponto do Marambaia, cidades e localidades próximas ao local da desova do corpo.
Para denunciar, a pessoa deve informar se tem conhecimento de alguma mulher que estava grávida, nos últimos dias de gestação, e que agora circula sem o bebê por algumas dessas cidades ou comunidades.
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