Partidos se movimentam para impeachment de Bolsonaro após ameaças aos ministros do STF
Após Bolsonaro elevar o tom contra o STF e afirmar que descumprirá as ordens de Alexandre de Moraes, durante discurso em São Paulo, nesta terça-feira (07), diversos partidos se manifestaram contra o presidente e iniciaram articulações para a abertura de um processo de impeachment.
Bruno Araújo, presidente nacional do PSDB, convocou uma reunião de emergência para esta quarta-feira (08) para tratar sobre o assunto. O Governador de São Paulo, João Dória, defendeu que o partido apoie a medida, dizendo que não “se pode tolerar retrocessos”, ao se referir ao discurso de Bolsonaro.
O Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afimou que foi “um erro colocar Bolsonaro no poder, ao mesmo tempo que é um erro mantê-lo lá”.
Já o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, anunciou que pretende fazer uma reunião com presidentes de vários partidos, tanto de centro, quanto de esquerda, para intensificar as articulações em favor do impeachment de Bolsonaro. Ele afirmou que “a democracia não pode ser ameaçada”.
O PSD também se manifestou por meio do presidente do partido, Gilberto Kassab, que sinalizou apoio ao impeachment de Jair Bolsonaro.
Na Câmara dos Deputados, o vice-presidente da casa, Marcelos Ramos (PL), afirmou que não tem dúvidas de que qualquer ato de violência contra o Congresso Nacional ou contra o Supremo Tribunal Federal, que teve a participação do presidente, vai tornar inevitável a abertura do processo de impeachment.
Ex-aliada do presidente, a deputada Joice Hasselmann (PSL), afirmou que Bolsonaro está “desesperado com a possibilidade de ser preso. E que passarinhos verdes piam em Brasília que o impeachment vem aí”.
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