Encontro entre governo e policiais por aumento de salário termina sem avanços
A primeira reunião entre lideranças de sindicatos e associações que representam integrantes das forças de segurança de Minas Gerais terminou sem avanços, nesta quinta-feira (3). Os líderes dos policiais, que anunciaram uma greve na última semana, após uma manifestação reunir milhares nas ruas de Belo Horizonte saíram frustrados.
Eles querem que o Governo de Minas cumpra a promessa feita em 2020 de recompor os salários das categorias em 41%. Até o momento, o Executivo pagou 13% naquele ano e ofereceu mais 10% – para todas as categorias – neste ano. De outro lado, o governo alega motivos legais para não atender à reivindicação.
“Não houve nenhum avanço, não houve nada” disse o presidente da Associação dos Praças (Aspra), Marco Antônio Bahia. “Lamentavelmente nós estamos frustrados com essa decisão do governo, que vamos ter que levar para a categoria na próxima quarta-feira (9).”
A secretária de Planejamento e Gestão de Minas Gerais, Luísa Barreto, afirmou que a reunião foi convocada para ouvir as lideranças e expor a posição do governo em relação ao que é possível conceder.
“O Estado está acima do limite de [gasto com] pessoal da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Precisávamos esclarecer isso, demonstrar para as forças de segurança o que o governo pode fazer. O governo tem limitações legais e reais e precisamos respeitá-las neste momento”, disse ela.
Reajuste diferenciado para policiais violaria a lei, diz secretária em MG
A secretária explicou que, como o governo excede o limite de pessoal da LRF, só pode conceder a recomposição salarial para todas as categorias. O índice de 10,06% foi anunciado pelo governador Romeu Zema (Novo), na semana passada. É uma reposição da inflação de 2021.
“Fazer um reajuste diferenciado para determinadas categorias, com porcentuais diferentes, implicaria improbidade administrativa e infringir a LRF”, afirmou a secretária.
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