Segurança pública: lideranças se reúnem amanhã para reavaliar rumos da greve
Lideranças ligadas a entidades sindicais da segurança pública e parlamentares ligados à categoria marcaram, para esta sexta-feira (11), reunião para definir os próximos passos da greve e dos protestos dos servidores da segurança pública de Minas Gerais.
O encontro estava marcado para ser realizado na tarde desta quinta-feira (10), um dia após manifestação que reuniu 40 mil pessoas na Praça da Estação. Mas conforme as lideranças ouvidas pela reportagem, para ter um prazo maior de reunir os servidores, a reunião foi remarcada para sexta-feira, às 15h.
De acordo com o deputado federal Subtenente Gonzaga, a categoria não pretende recuar da reivindicação pelo pagamento da recomposição salarial da categoria de 24%. Ainda segundo o parlamentar, na reunião marcada a categoria deve deliberar sobre novas estratégias e possíveis novos atos.
“Essas decisões precisam ser tomadas em consenso entre as entidades que representam a categoria. Amanhã, deve-se deliberar novas ações. A categoria está disposta a dialogar, desde que o governo dialogue e negocie com a categoria”,afirmou o deputado e não quis adiantar quais novas ações o movimento pretende adotar nos próximos dias.
O deputado estadual Sargento Rodrigues endossou o movimento irá continuar enquanto não houver negociação.
“A ações não vão cessar. Serão intermitentes e grandes manifestações. Quando falo intermitentes, serão ações cirúrgicas em locais determinados que requer um número menor de pessoas. Mas te asseguro que essas ações vão continuar”, afirmou Rodrigues.
Após 17 dias de paralisação, profissionais da segurança pública do Estado realizaram na Praça da Estação, na região central de Belo Horizonte, o terceiro ato, realizado neste ano, de grande porte da categoria. O governo estadual ofereceu reajuste de 10,6%. No entanto, a oferta não foi aceita pela categoria. Até o momento, não existe acordo entre os profissionais da segurança e governo.
Balanço
O deputado federal Subtenente Gozanga fez um balanço positivo da manifestação de quarta-feira (10). De acordo com o parlamentar, os protestos mostraram uma unificação na categoria pela busca de direitos.
“Ontem monstrou que existe dentro das forças de segurança uma disposição da categoria pelo cumprimento do que nos foi prometido em ata. Esse é o principal recado, de que não vamos recuar”, afirmou
O parlamentar pontua que mesmo com episódios envolvendo bombas de efeito moral, o que está proibído judicialmente, a manifestação seguiu seu propósito.
“A gente condena o uso das bombas, mas isso ocorreu num grupo pequeno de 5 pessoas e apesar do barulho que fez não acho que foi suficiente para contaminar o movimento que seguiu pacífico e sem atos de vandalismo e depreciação do patrimônio público”, pontuou.
Fonte: O Tempo
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