Governo bloqueia R$ 1,7 bi da Educação e reitores dizem que universidades ficam ‘inviáveis’
O governo federal bloqueou na segunda-feira (28) parte dos recursos orçamentários do Ministério da Educação, atingindo principalmente as universidades e institutos federais. O montante total do bloqueio pode chegar a R$ 1,7 bilhão.
Os cortes se darão em gastos não obrigatórios das instituições de ensino superior, afetando serviços como assistência estudantil e o custeio dos campi. Reitores afirmam que a gestão de várias instituições de ensino no país ficarão inviáveis com o novo corte no orçamento.
Por meio de nota, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), afirmou que o governo de Jair Bolsonaro (PL) aproveitou um jogo da Seleção na Copa do Mundo para fazer novos cortes na área da educação.
“Com surpresa e consternação, e praticamente no apagar das luzes do exercício orçamentário de 2022, as Universidades Federais brasileiras foram, mais uma vez, vitimadas com uma retirada de seus recursos, na tarde dessa segunda-feira (28). Enquanto o país inteiro assistia ao jogo da seleção brasileira, o orçamento para as nossas mais diversas despesas (luz, pagamentos de empregados terceirizados, contratos e serviços, bolsas, entre outros) era raspado das contas das universidades federais, com todos os compromissos em pleno andamento”, diz a nota da Andifes.
“O governo parece ‘puxar o tapete’ das suas próprias unidades com essa retirada de recursos, ofendendo suas próprias normas e inviabilizando planejamentos de despesas em andamento, seja com os integrantes de sua comunidade interna, seus terceirizados, fornecedores ou contratantes”, continua a associação.
Por meio de nota, divulgada nesta terça-feira (29), o Ministério da Educação informou que recebeu a notificação do Ministério da Economia a respeito dos bloqueios orçamentários.
“É importante destacar que o MEC mantém a comunicação aberta com todos e mantém as tratativas junto ao Ministério da Economia e à Casa Civil para avaliar alternativas e buscar soluções para enfrentar a situação”, diz o MEC.
Fonte: Itatiaia
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