Após Lula propor taxa global para desenvolvimento sustentável, Haddad defende revisão em fundos climáticos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abriu os trabalhos de reuniões do G20 no Brasil nesta quinta-feira (14). A trilha financeira do grupo que reúne as maiores economias do mundo foi aberta com um discurso que defendeu o combate às desigualdades e à fome, mudança no sistema de governança global e desenvolvimento sustentável, além do protagonismo que o Brasil pretende assumir no cenário global. Haddad afirmou que o caminho até a conferência do clima das Nações Unidas, a COP 30, em Belém (PA), em 2025, compreende maior protagonismo do Brasil em termos de financiamento climático.

O ministro da Fazenda reiterou a necessidade de rever o funcionamento dos fundos climáticos, afirmada no dia anterior pelo presidente Lula. “O Brasil inicia um ciclo de protagonismo ainda maior em termos de financiamento climático. Queremos melhorar a eficiência dos fluxos financeiros para os países que mais necessitam de recursos para proteger ativos ambientais e cumprir metas de descarbonização de forma justa e equitativa. Por essa razão, precisamos rever de forma cuidadosa o funcionamento dos principais fundos climáticos existentes”, afirmou.

Um dia antes, o presidente Lula defendeu a criação de mecanismos de taxação internacional que ajudem a financiar o desenvolvimento sustentável. Lula participou, em Brasília, da reunião conjunta das trilhas de Sherpas e de Finanças do G20. “A tributação é essencial para corrigir disparidades socioeconômicas entre países e dentro deles” enfatizou o presidente.

Nesta quinta, Haddad falou ainda sobre a força-tarefa, anunciada pelo presidente da República, para mitigar as desigualdades e combater a fome em nível mundial. “Essa é a nossa chance de reconectar o sul e o norte globais em torno de uma agenda positiva de transformação social, econômica e ecológica. Acredito que o G20 tem um papel fundamental a desempenhar na concepção e no impulso político dessa nova agenda de reglobalização socio-ambiental”, considerou.

A semana começou com a primeira reunião da Trilha de Sherpas do G20, que são os líderes de cada país que encaminham as discussões e acordos até a cúpula final com chefes de Estado e de governo. O encontro acontecerá no Rio, em novembro de 2024. Hoje e amanhã, acontecem os encontros da Trilha de Finanças em que participam vice-ministros da Economia e vice-presidentes dos Bancos Centrais dos países membros. Nesta sexta (15) haverá a participação de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil.

 

Fonte: Itatiaia

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