Governo investirá R$ 14,9 bilhões do PAC para prevenção a desastres, reforça Alckmin após visita ao RS
O presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB) e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), ressaltaram neste domingo (10) durante ida ao Rio Grande do Sul que o Governo Federal criou o Programa de Prevenção a Desastres e o incluiu no âmbito do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no mês passado. A previsão é que a União invista R$ 14,9 bilhões para apoiar municípios e governos estaduais.
“Foi incluído no novo PAC pelo presidente Lula o Programa de Prevenção a Desastres. Infelizmente, com as mudanças climáticas, esses desastres começam a ser mais frequentes. Nós incluímos, por exemplo, a contenção de encostas e a dragagem dos rios. Até conversei com o governador Eduardo Leite e nós atuaremos na recomposição das matas ciliares do Rio Taquari”, esclareceu Alckmin citando o rio que transbordou e provocou as graves enchentes no Rio Grande do Sul nos últimos sete dias.
A ministra Marina Silva reforçou que a orientação do petista é controlar o desmatamento nos biomas brasileiros e mitigar os danos ambientais, econômicos e sociais atrelados à crise climática. “Conversei com o governador Eduardo Leite e ofereceremos um suporte técnico-científico para uma ação de prevenção aos eventos extremos em função da mudança do clima”, afirmou.
“No próximo dia 28 [de setembro], teremos um seminário e adianto que os 1.038 municípios diagnosticados pelo Cemaden [Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais] como suscetíveis a eventos extremos estarão em estado de emergência permanente para realizarmos obras continuadas”, acrescentou. “É uma operação complexa, mas a determinação do presidente Lula é trabalhar olhando o que diz a ciência, adotar políticas públicas com base na ciência”, concluiu.
A questão das mudanças climáticas, aliás, serviu para o presidente em exercício justificar a ausência de Lula na comitiva do Governo Federal que visitou neste domingo as cidades mais afetadas pelo ciclone extratropical no Rio Grande do Sul. “É por isso que o presidente Lula está na Índia. Exatamente para receber a presidência temporária da cúpula de líderes do G20, que têm como uma das grandes prioridades as mudanças climáticas”, disse amenizando as críticas pela viagem do petista ao exterior em meio à crise humanitária na região gaúcha. “O Brasil, hoje, é o grande protagonista das mudanças climáticas no mundo”, concluiu Alckmin.
Governo libera R$ 741 milhões para ações no Rio Grande do Sul
O presidente em exercício afirmou ainda que o Governo Federal liberou R$ 741 milhões para auxiliar a reconstrução dos municípios afetados pelo ciclone extratropical no Rio Grande do Sul e o apoio à população atingida pelas tempestades. A tragédia humanitária na região gaúcha começou na última segunda-feira (4), e o último boletim da Defesa Civil do Estado indica 43 mortes — 46 pessoas, pelo menos, estão desaparecidas e o número de desabrigados e desalojados ultrapassa 11 mil. “Temos três desafios. O primeiro, salvar vidas. O segundo, reconstruir as cidades destruídas. É impressionante a violência das águas. E o terceiro desafio é recuperar a economia”, listou Alckmin em entrevista no início da tarde ao lado do governador Eduardo Leite (PSDB).
O presidente interino chegou à Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul, nesta manhã, e uma comitiva ministerial com líderes de oito pastas o acompanhou às visitas às três cidades principalmente afetadas pelos temporais: Muçum, Lajeado e Roca Sales. Alckmin indicou que os R$ 741 milhões liberados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — que cumpre agenda oficial na Índia — serão divididos entre os ministérios do Governo Federal. “Foi criado o comitê interministerial para atuarmos na região do Vale do Taquari”, citou o presidente em exercício em referência à região gaúcha mais afetada pela intempérie climática.
O governador Eduardo Leite (PSDB) reforçou na coletiva de imprensa que o desastre humanitário no Rio Grande do Sul “não possui precedentes na história recente”, mas, afirmou que o Governo do Estado completará os recursos necessários para os cuidados com os municípios e com a população. “Não faltarão recursos. O governo não faltará com recursos para que a parte da infraestrutura das cidades seja restabelecida”, garantiu.
Fonte: Itatiaia
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