As indicações de nomes com perfis politicos para o STF, no entanto, são comuns na história do Judiciário brasileiro.

Além de governador do Maranhão entre 2014 e 2022, Flávio Dino foi eleito para o Senado na eleição do ano passado e se licenciou do cargo para assumir o Ministério da Justiça do governo Lula.

Nos últimos meses, Dino participou de discussões acaloradas com parlamentares da oposição e se tornou um dos principais alvos de críticas na Esplanada dos Ministérios.

Veja outros casos de políticos que se tornaram ministros no STF:

• Epitácio Pessoa (1865-1942): O ex-presidente do Brasil também foi ministro da Justiça durante o governo de Campos Sales, entre 1898 e 1901, antes de ser indicado para assumir o cargo de ministro do STF, em 1902. Ele deixou a corte em 1912 e foi eleito presidente da República em 1919. Posteriormente, ele se tornou senador pela Paraíba em 1924, cargo que exerceu até 1930.
• Nelson Jobim: foi deputado federal pelo Rio Grande do Sul, entre 1897 e 1995, e ministro da Justiça do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 1997. FHC indicou seu nome para ser ministro do STF em 15 de abril de 1997, cargo que exerceu até 2006. Posteriormente, ocupou o cargo de Ministro da Defesa, de 2007 a 2011, nos governos dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
• Alexandre de Moraes: Foi ministro da Justiça do presidente Michel Temer, entre 2016 e 2017. Também foi Secretário de Justiça de São Paulo, entre 2002 e 2005, e Secretário Estadual de Segurança Pública de São Paulo, de 2015 a 2016 – ambos durante o mandato do ex-governador e atual vice-presidente, Geraldo Alckmin. Entre 2007 e 2010, foi Secretário Municipal de Transportes de São Paulo na Prefeitura de Gilberto Kassab. Foi aprovado ministro do STF em março de 2017.
• André Mendonça: Foi ministro da Justiça do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, entre 2020 e 2021. Ele também exerceu cargo de Advogado Geral da União (AGU) antes da indicação ao Supremo. Foi aprovado como ministro do STF em 16 de dezembro de 2021.
• Ex-senadores como Manuel Murtinho (GO), João Barbalho (PE), Ubaldino do Amaral (PR) e Amaro Cavalcanti (RN) também foram nomeados ministros do STF, após eleitos para o Congresso.
• Ex-governadores como Anfilófio de Carvalho (AL) e Alberto Torres (RJ) também formam ministros do STF, após mandatos no Poder Executivo.

Fonte: Itatiaia