Banco Central diz que prorrogação de auxílio pode contrair economia

Uma eventual prorrogação dos auxílios criados durante a pandemia da covid-19 pode ter o efeito contrário sobre a economia e resultar em contração e fuga de investimentos, disse o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto. Segundo ele, o lançamento de um programa que aumente os gastos públicos pode inibir, em vez de favorecer o crescimento.

Para o presidente do BC, o risco fiscal vindo das pressões para furar o teto federal de gastos não apenas está provocando instabilidade no mercado financeiro como está atrapalhando os investimentos privados. Ele classificou o problema como uma das principais preocupações atuais do órgão.

Na avaliação de Campos Neto, o país não tem escolha a não ser retomar a disciplina fiscal e reverter os déficits nas contas públicas em 2021. Segundo ele, a recomposição da renda das famílias, por meio do auxílio emergencial, gerou uma poupança na economia que deve começar a ser queimada no próximo ano.

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