Pazuello entra em choque com Bolsonaro e pode ser o 3º ministro da Saúde demitido na pandemia
A polêmica sobre os testes para diagnóstico do coronavírus, prestes a perder a validade, ampliou o estremecimento das relações entre o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o presidente Jair Bolsonaro. Antes da nova crise no governo, Pazuello já estava desgastado por ter sido desautorizado pelo presidente, que chegou a cancelar o acordo para a compra de 46 milhões de doses da vacina chinesa. Em recente conversa com amigos, Pazuello, que é general da ativa, se queixou da pancadaria e disse que, se sair, sairá feliz.
Com o “fogo amigo” cada vez mais alto dentro e fora do Palácio do Planalto, Pazuello afirmou, nos bastidores, que via como “natural” uma possível saída do Ministério, mas foi demovido por colegas, todos auxiliares do presidente, de tomar qualquer atitude nesse sentido.
Ainda no domingo, quando a notícia dos testes prestes a vencer foi divulgada, Pazuello recebeu uma mensagem do presidente com um pedido de explicação. O ministro justificou que o material havia sido enviado a Estados e municípios. Governadores e prefeitos, portanto, deveriam dar justificativas sobre o motivo de não terem usado os kits. A informação não estava correta e, ao reproduzi-la nas suas redes sociais, Bolsonaro acabou virando alvo no lugar do ministro.
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