Governo recusa proposta de indenização feita pela Vale por Brumadinho; processo pode voltar à Justiça

A tentativa de conciliação entre a mineradora Vale e o Governo de Minas pela tragédia em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, terminou mais uma vez sem acordo em audiência realizada na tarde desta quinta-feira (21).

O governo estadual e os órgãos de Justiça que participam da tentativa de aperto de mãos deram mais uma semana para a empresa faça uma nova oferta. Caso não haja um acordo, o processo pode voltar à 6ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias de BH, para que o valor da indenização a ser pago pela mineradora seja arbitrado pelo juiz Elton Pupo Nogueira.

O presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), Gilson Soares Lemes, afirmou que a mineradora ofereceu R$ 29 bilhões e que o estado não aceita menos do que R$ 40 bilhões. Com base em estudo da Fundação João Pinheiro, o Governo de Minas pediu R$ 54 bilhões por danos morais coletivos e danos materiais e econômicos.

O secretário-geral do Governo de Minas, Mateus Simões, cobrou da empresa uma resolução. “É o momento de a Vale assumir a sua responsabilidade, agir com dignidade e reparar os danos causados aos mineiros ou demonstrar o seu antagonismo com Minas Gerais e a sua posição de inimiga com os mineiros”, declarou.

“Eu me frustro com a irresponsabilidade demonstrada por alguns que pretendem empreender e acham que isso pode acontecer ao custo de vidas”, prosseguiu o secretário.

O rompimento da barragem da Vale na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, matou 270 pessoas, além de dois bebês que estavam nos ventres das mães.

Itatiaia entrou em contato com a mineradora e aguarda a resposta.

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