Bacia do Jequitinhonha tem 2ª maior área de Mata Atlântica desmatada do país

Um novo método de monitoramento do desmatamento da Mata Atlântica identificou que os municípios da bacia do rio Jequitinhonha, entre os estados de Minas Gerais e da Bahia, tiveram, em 2021, a segunda maior área desmatada do bioma.

O Sistema de Alertas de Desmatamento da Mata Atlântica (SAD), lançado pela ONG SOS Mata Atlântica, em parceria com a Arcplan e o MapBiomas consegue identificar desmatamentos com uma precisão 10 vezes maior que o sistema de monitoramento utilizado atualmente. O sistema também emite alertas para cada área desmatada identificada.

De acordo com o SAD, a bacia do Rio Jequitinhonha perdeu 2.212 hectares de Mata Atlântica – 743 deles em Minas Gerais. Os desmatamentos em território mineiro foram responsáveis pela emissão de 240 alertas. A Bahia registrou menos alertas (107), mas a área desmatada foi maior: 1.469 hectares, o dobro da registrada em Minas. Um projeto piloto avaliou o desmatamento em quatro regiões: as bacias hidrográficas do rio Tietê (São Paulo), rio Iguaçu (Paraná) e dos rios Miranda e Aquidauana (Mato Grosso do Sul), além da região do Jequitinhonha.

De acordo com o diretor de conhecimento da Fundação SOS Mata Atlântica, Luis Fernando Guedes Pinto, as principais causas do desmatamento do bioma no estado são as carvoarias e a expansão da agricultura na região. Ele acredita que a maior parte da retirada da cobertura vegetal na região é ilegal.

“Uma causa importante ainda é o carvão. A gente está cortando a floresta, ela vira carvão para as siderúrgicas, para a produção de aço. E outra parte importante é a expansão da agropecuária, para dar lugar às culturas agrícolas e pastagens”, explica. “Importante destacar que tem indícios de que a grande maioria é feita de maneira ilegal. Nós não conseguimos identificar as autorizações de desmatamento”, completa.

Recordistas

De acordo com o SAD, os cinco municípios mineiros que mais registraram desmatamentos de áreas de Mata Atlântica foram:

1. Novo Cruzeiro – 161 hectares
2. Itamarandiba – 116 hectares
3. Setubinha – 82 hectares
4. Capelinha – 65 hectares
5. Taiobeiras – 60 hectares

 

Fonte: Itatiaia

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