Em NY, Zema lança Vale do Lítio e quer atrair investidores de carros elétricos

Ao lançar o projeto Vale do Lítio na Nasdaq, em Nova York, nesta quarta-feira (10), o governador Romeu Zema (Novo) afirmou que quer atrair para as regiões do Vale do Jequitinhonha, Norte e Nordeste de Minas não só fábrica de baterias, mas também investidores no ramo de carros elétricos e tecnologias associadas.

A reportagem da Itatiaia acompanha a agenda do governador nos Estados Unidos e o evento na Nasdaq, a maior bolsa de negócios de tecnologia do mundo.

Aos investidores americanos, o governador Romeu Zema destacou a riqueza mineral da região norte de Minas e como a extração sustentável pode desenvolver o setor e gerar empregos.

“Um atrativo vai chamando o outro. […] Nós não estamos vendendo o minério sem beneficiamento, ele está tendo um processamento, agregando valor e chegando na bateria. Um passo seguinte seria a fabricação de carros elétricos”, afirmou.

O lítio extraído em Minas Gerais é um elemento usado em baterias de longa duração para veículos e equipamentos elétricos. Mesmo ocorrendo em várias partes do mundo, o elemento é pouco explorado. Para Flávio Roscoe, presidente da Fiemg, o diferencial do Estado é oferecer um ‘lítio verde’, com energia limpa e sem produção de rejeitos em barragens. Conforme Roscoe, os projetos atuais também preveem o reaproveitamento de água.

“O lítio é de baixíssima pegada ambiental, emissão zero de carbono”, destaca. Para Roscoe, a logística do estado também favorece a indústria do lítio. “A região do Vale do Jequitinhonha está próxima ao porto. É um lítio de altíssima qualidade e muito desejado pelos produtores de bateria. As reservas de Minas Gerais estão entre as melhores reservas do ponto de vista de qualidade do mundo”, apontou.

Empresa já extrai lítio na região

A Sigma é a primeira empresa a extrair lítio com alto valor agregado em Minas Gerais. De acordo com Ana Cabral, presidente da companhia, Minas tem potencial para ser o principal produtor mundial de lítio para carros elétricos. Ana explica que a produção da empresa é feita sem barragem de rejeitos e o reaproveitamento contribui para o aumento da arrecadação do estado.

Ana afirma que a demanda pelo lítio vem principalmente do hemisfério norte, já que a frota brasileira é considerada ‘verde’ – 88% dos carros nacionais podem ser movidos por etanol, um biocombustível. “Onde se encaixar numa cadeia para um veículo elétrico no hemisfério norte? Em um insumo que temos em território nacional e pode transformar de forma ambientalmente sustentável para exportar esse produto. Isso agrega 70 vezes mais valor e recolhe imposto significativamente para a região”, explica.

 

Fonte: Itatiaia

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