Seleção Brasileira derrota Peru no Recife e engata 8ª vitória seguida nas Eliminatórias

O Brasil esqueceu o polêmico clássico com a Argentina suspenso e fez o que se esperava dele na noite desta quinta-feira: venceu o Peru com facilidade, por 3 a 0. Cobrado por uma boa atuação, a equipe de Tite jogou bem. Foi mais leve, criativa e dominou o adversário na Arena Pernambuco para engatar a oitava vitória consecutiva nas Eliminatórias, algo inédito no torneio classificatório para a Copa do Mundo de 2022.

Everton Ribeiro e Neymar fizeram os gols da vitória no Recife que deixa a seleção ainda mais perto do Mundial do Catar. Líder das Eliminatórias, a seleção brasileira ostenta campanha perfeita.

Tem 24 pontos, cinco a mais que a Argentina, segunda colocada, e segue sem perder para o Peru na competição. Em 13 jogos, são nove vitórias e quatro empates diante do rival contra o qual está acostumado a jogar e que Tite mais enfrentou desde que assumiu em 2016 a seleção. Os peruanos permanecem no sétimo lugar, com oito pontos.

Diante dos peruanos, Tite manteve a escalação que havia escolhido para o clássico com a Argentina, com destaque para Lucas Veríssimo na vaga de Marquinhos e Gerson no meio de campo jogando à vontade perto de Casemiro e Lucas Paquetá. O ex-flamenguista foi um dos melhores em campo na vitória que, em que pese a fragilidade do oponente, evidência que a seleção tem capacidade para exibir melhores apresentações do que vinha mostrando. Danilo e Alex Sandro também jogaram mais soltos, o meio de campo funcionou, Neymar se movimentou bastante e o jogo fluiu.

Gabigol e Gerson tiveram chances de abrir o placar, mas saiu dos pés de Everton Ribeiro o primeiro gol após jogada de Neymar. O craque do PSG desarmou Santamaría na lateral esquerda sem falta, na avaliação do árbitro colombiano Wilmar Roldán, invadiu a área e rolou para trás para Everton Ribeiro mandar para as redes aos 13 minutos.

Minutos depois, o árbitro deixou passar um pênalti a favor do Brasil. Mas não fez falta porque a seleção brasileira ampliou com Neymar. Aos 39, o segundo maior artilheiro da história da seleção marcou um gol fácil, só escorando para as redes depois da finalização de Everton Ribeiro desviada por Santamaria e que caiu nos pés do camisa 10, agora o maior artilheiro do Brasil em Eliminatórias, com 12 gols, deixando para trás Romário e Zico (11 cada).

O ritmo apresentado no primeiro tempo foi reduzido na etapa final. Embora a seleção brasileira tenha encontrado ainda mais espaços para atacar a partir da mudança de postura do Peru, disposto ao menos a diminuir o placar, não conseguiu mais balançar as redes e foi pouco efetiva.

Gabigol flutuou pelo atacante e participou bastante do jogo. Pediu jogo, entrou na área e fez uma boa partida, mas perdeu um gol impressionante no primeiro minuto da segunda etapa que talvez não perderia com a camisa do Flamengo.

Com o time estagnado, o jogo truncado e de certa forma até violento, com muitos cartões amarelos, Tite fez mudanças e deu oportunidade para os campeões olímpicos Matheus Cunha e Daniel Alves. Depois, o treinador lançou mão de Bruno Guimarães e promoveu o retorno de Hulk depois de cinco anos e a estreia de Edenílson. O atacante do Atlético-MG teve a chance de marcar o terceiro, mas finalizou mal, para fora.

No fim da partida, Neymar levou amarelo por falta em Callens. Como estava pendurado, não vai enfrentar a Venezuela no próximo compromisso do Brasil nas Eliminatórias, em outubro. A convocação para a próxima Data Fifa será no dia 17 deste mês. A classificação está muito bem encaminhada. O desafio, agora, é buscar a sintonia fina para chegar no Catar na plenitude.

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