Campanha nacional incentiva o aleitamento, após redução nos estoques de leite materno por causa da pandemia

Após uma redução nos estoques de leite materno no Brasil por causa da pandemia, o governo federal dedica o mês de agosto para incentivar o aleitamento. A campanha quer chamar a atenção de médicos para ajudarem ainda mais na conscientização das gestantes no que diz respeito a importância fundamental da amamentação e também para a doação de leite materno, que salva a vida de bebês que não conseguem a alimentação por parte de suas mães.

Enfermeira e membro do Departamento Científico de Aleitamento Materno da Sociedade Mineira de Pediatria, Marina Oliveira Martins, fala sobre a campanha. “A amamentação é uma responsabilidade compartilhada, não é só um profissional x ou outro profissional y, é multidisciplinar, multiprofissional, contamos com todos, com familiares, com todas as pessoas que amamentam com aquela mulher, com aquela família. Nós temos uma responsabilidade ética, moral e social de lutar e defender o aleitamento materno com unhas e dentes, sempre nos baseando no respeito, nas evidências científicas, no bem-estar social e não no bem-estar individual.”

Marina ressalta que a amamentação é fundamental para o bem-estar dos bebês. “A amamentação vai favorecer posteriormente o desenvolvimento da fala adequada, da mastigação, da respiração, da deglutição. Eu costumo falar que é a primeira musculação oro facial da criança. Inclusive tem consequências até na postura da criança. Ela ainda promove um vínculo fora do comum mãe-bebê.”

Com a pandemia, as doações caíram consideravelmente em Belo Horizonte, deixando várias famílias em situação difícil. Marina ressalta a importância de se fazer doações. “É importante a gente divulgar, os bancos de leite estão receptivos as doações. Temos o banco de leite da maternidade Sofia Feldman, temos o banco de leite da maternidade Odete Valadares, temos outros bancos de leite das outras cidades, das outras regiões. Além de apoiarmos a amamentação, consequentemente a gente acaba apoiando, fortalecendo essa mulher a doar o seu leite, o que também faz com que essa mulher se sinta empoderada, se sinta extremamente importante por ajudar outros bebezinhos que não podem ser amamentados pelas suas mães.”

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